1. |
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Dei-me a ti sem juras, que um dia ia aceitar
Nunca fiz promessas, mas quiseste acreditar
Em prazos sem validade, palavras que te menti
Compromissos de uma vida, onde estou melhor sem ti
Sei que custa, faz doer
E tens tudo a perder, mas
Porque não, porque não?
Seja cego, surdo e mudo
De repente fez-se luz
Estava dentro de mim
Seja cego, surdo e mudo
Quando já não estava à espera
Tu já não estavas em mim
Não temos histórias, com um final feliz
Crias os teus dramas, por coisas que nunca fiz
Nada do que pensas, me consegue estimular
Ninguém compra um castigo, mas eu sinto-me a pagar
Porque não queres saber quem sou?
Porque não assumes que és a dor que existe em mim?
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2. |
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Tudo o que começa tem um fim
Dizem que é a vida, é mesmo assim
Eu sei que perco por tudo querer
Sou um alvo de escárnio, mal dizer
Mas sigo em frente e não fico para ver
Não quero saber
Deito-me na cama que decido
Sou o ultimo a rir
E sou o teu fruto proibido
Tive quem desdenhasse sem comprar
Disseram-me que não estava para amar
Mas conheci a cura sem arder
E água benta tomo a que quiser
Sou um mal que vem por bem sem sabe
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3. |
Acordo a tempo
04:25
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Por mim está tudo bem
Não ligo ao que dizes
Deixei de acreditar que com as tuas verdades
Nós seremos felizes
Não percas o teu tempo a querer saber de mim
Mesmo que me conhecesses nada podias fazer
Acordo a tempo de sair deste lugar
Acordo a tempo de fugir
Não me vão parar
Acordo a tempo
Corto o mal pela raiz
Sei ao que estou destinado
Posso ser caso perdido, mas insisto não desisto
E renego o teu legado
Não percas um momento a querer saber quem sou
Mesmo que me percebesses nada podias fazer
Quando me sinto perto acordo estremunhado
Procuro no deserto
Dou por mim a teu lado
Quando me vejo ao longe
Acordo incomodado
Imerso em promessas
Dou por mim atolado
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4. |
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Sou livre a todo o momento
Agarrado aos braços de alguém
Na estrada entrego-me ao vento
E ao meu destino também
É tarde, mas tanto faz
Se ficar para depois
É tarde, mas não me importa
Esta noite é para nós dois
Vem ver por detrás do meu peito
Bate uma contradição
Vem ver, estou aqui sozinho
No meio da multidão
Sou prisioneiro de um silêncio
Não dá para acreditar
Na estrada entrego-me ao vento
Que me irá salvar
É tarde, mas tanto faz
Se souber o que fazer
Se nem eu me compreendo
Como hás-de perceber?
Procuro por um sinal que a noite possa trazer
Não quero falar para não me arrepender
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5. |
Promo "Fruto Proibido"
04:42
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6. |
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Não resisti a tentar
Tocar-te de passagem
Mas não te vou esconder
(Nem que seja a doer)
Tive o choque e a visão
Dou a alma em confissão
Trago na pele o teu cheiro
Na cabeça o teu nome
Parto em primeiro
Dá-te a mim, sou verdadeiro
Vem dar a volta ao mundo inteiro
Se estás a fim, eu estou primeiro
Dou-te quem sou e o mundo inteiro
A vontade que tenho
Aguça a arte e o engenho
Não tenho de o esconder
Nada tenho a perder
Trago o teu sorriso no olhar
O teu corpo parte com os meus sonhos ao acordar
Concede-me um segundo
Prendo a respiração
Fica parado o tempo
E o mundo em turbilhão
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7. |
A água não mata a fome
04:00
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Tento mentir ao tempo
Enquanto espero pela resposta
Um suspiro, uma incerteza
Uma sombra à minha porta
Deixei que a memória fosse
Quem me atormentasse os dias
Sem nada pedir em troca
Vou cedendo às agonias
O espaço que me coube em sorte
Faz que morra e renasça mais forte
Pouco mais que coisa pouca
Vou cedendo às ironias
Dar-te o que não me pediste
Na incerteza de outros dias
Dás-me a tua mão em troca
Sem nunca nada pedir
Vou sentindo o vento forte
Amanhã hei-de surgir
Tudo não passa de uma ilusão
E eu insisto em andar em contra mão
Quero que a vida me tome
Arder num fogo que me transforme
Porque a sede não me consome
E a água não mata a fome
Olho em volta
E nada me diz
Se sou um herói ou um pobre infeliz
Invento os nadas
Com que me quero enganar
E sigo o caminho mas não sei onde vai dar
Não sei onde vai dar, onde vai dar
Sigo o caminho porque não sei parar
Não sei parar, não sei parar
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8. |
Quem és é quanto basta
04:49
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Imagina os meus passos na estrada
Caminho por onde sei que vou
Sorrio à luz da madrugada
Que desperta quem eu sou
Sou quem parte em busca do caminho
Ilumino a noite quando estou
Nas ruas que me embalam sozinho
Eu sou quem se encontrou
Se queres vem dar-me o braço
Vamos sair daqui, ver a vida que eu vi
Anda percorrer o espaço
Vem dar conta de ti, sentir o que eu senti
Agarra-te ao meu regaço
Quem és é quanto basta
Diz se é isso que queres ser?
O tempo a passar e tu a ver?
Sentires que a vida te conduz
E afinal és tu a cruz
Sentires que a vida te conduz
E afinal és tu a luz
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9. |
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Não dou um passo em falso
Não me atiro ao ar
Nos meus lábios não passam as coisas que eu quero contar
Não levanto a voz
Não me ouvem gritar
Tenho a garganta seca da dor que não pude chorar
És capaz de me encontrar
Numa estrada junto ao mar
Mas sou capaz de me esconder
Pisar a linha sem a ver
Incendiar o lume a arder
E ver-me de novo a nascer
Não dou parte de fraco
Não me canso de mim
E ao ver o meu retrato nem sempre sei se sou assim
Não conto com a sorte
Mas não deixo de tentar
E só lamento as derrotas que tive por não arriscar
És capaz de me encontrar
Numa estrada junto ao mar
Mas sou capaz de me esconder
Bater a porta sem querer
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10. |
Será (junto a ti)?
05:54
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Tu és a noite em chamas
Não há como te apagar
Tu és a minha raiva
À beira de se soltar
És memória de outras eras
E soltas o que tenho para dar
Corres como se todo o tempo
Estivesse para acabar
Será que a lua sobre o mar
Me traz imagens que perdi?
E a cor da noite, ao deitar,
Será que me traz junto a ti?
Tu és a dor que resta
Quando penso em me salvar
És a luz da madrugada
Que vem para me abraçar
És o som da minha rua
Que me acalma o acordar
És um prazo sem validade
Uma história por contar
Será que não quero acordar?
Será que não me vou perder?
Será que é a lua sobre o mar que não me deixa ver
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11. |
Sorriso sombra
05:07
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Hesito, mas defino os teus contornos
Decido, enfrentar o teu sabor
Permito, que duvides do que quero
Liberto, as perguntas por fazer
Não contarei a ninguém
Que no fundo o meu sorriso
É apenas uma imagem de quem me quer ver assim
Tão real como a sombra que se esconde atrás de mim
Celebro, as noites sem querer dormir
Decido, avançar sem me esconder
Omito, a dor por trás dos segredos
Liberto, as memórias do passado
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12. |
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FLIRT Lisboa, Portugal
Ricardo Oliveira - voz
Mário Pereira - guitarra
António Costa - baixo
Fernando Rente - guitarra
Gonçalo Aires - bateria
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